terça-feira, setembro 25, 2007
O Pentaprisma de Dürer
Em minhas andanças aleatórias pelo meio digital, encontrei esta gravura de Dürer que não conhecia e que me impressionou muito. No Wiki tem um verbete para ela e um link direto para um arquivo em alta. Melancolia I, chama-se. É de 1514 e já mereceu um livro de dois volumes e uma monografia inteiros só para ela. Tem um quadrado mágico no alto, à direita. Parece que interpretam o que para mim parece um sol, como sendo um cometa. Esta época, 1514, é o início do domínio sobre a luz, por isso creio ser o sol e seus raios, num modo didático de dizer que é a luz que cria o arco-íris. A "anja" sentada não está com fisionomia melancólica, entretanto. Me parece que sua melancolia está relacionada ao tédio diante das descobertas da ciência, desvendando como o mundo se constitui, com tantos instrumentos para dominá-lo. tem o compasso, a ampulheta, a balança, a roda (o anjinho pequeno está sentado sobre ela), entre outras ferramentas. mas o que mais me impressiona,fotógrafos!, tremei, é o baita pentaprisma na cena. a interpretação que vi no Wiki me parece ridícula. dizem que simboliza a forma imperfeita, inacabada, que relacionam ao sentimento de Melancolia. que nada! com um pentaprisma desses, quem precisa de câmera escura para desenhar?
terça-feira, setembro 18, 2007
CONTROL
O fotógrafo e diretor de cinema Anton Corbijn fotografou Joy Division em 1979. Usou preto e branco. Em 2007, lança o filme CONTROL, usou preto e branco. O trailler mostra um filme à moda antiga, planos bem fotografados, ritmo humano de edição, sem câmera frenética, voando entre prédios, sem gente congelada no ar enquanto a câmera gira, um mundo que acaba sendo mais romantizável do que o fantasioso da maioria dos filmes de Hollywood hoje em dia. Não é um filme de rock, apesar de falar também da antológica banda, e dos fãs quererem muito que fosse, mas concentra-se no relacionamento entre Ian Curtis e Deborah, até o suicídio do marido, em maio de 1980. Preto e branco é só a técnica escolhida? Joy Division, New Order, só um pano de fundo?
Jornal Pinhole
Fui assinante do Pinhole Journal em 2005. Tinha sempre coisa interessante, foi descontinuado. Durou 55 edições. As edições anteriores, ou o que restou delas, ainda estão a venda no site, por preços até módicos: Pinhole Resource. Vi esta foto e me lembrei das experiências com cianótipos, que pretendo retomar assim que terminar a dissertação de mestrado.
quinta-feira, setembro 06, 2007
Na falta de inspiração, um copy-paste
A fotografia é uma linguagem que foi explorada desde a sua criação há mais de 160 anos e para a qual foi desenvolvido um extenso corpo de conhecimento técnico. A indústria participou dessa exploração criando tecnologia ligada à produção de ferramentas para a execução de fotografias. Não que estas inovadoras ferramentas fossem absolutamente necessárias para que as imagens continuassem sendo feitas, mas foram muito úteis, de fato.
Ao longo dos anos essa pesquisa foi sendo direcionada à solução dos problemas mais comuns na realização de fotografias visando a valorização comercial da ferramenta e a padronização da qualidade técnica das imagens.
Na verdade, quando o próprio Niepce decidiu buscar uma maneira de gerar uma nova matriz a partir de uma gravura impressa e orfã, ele também queria valorizar a sua ferramenta comercialmente.
Na época da invenção do daguerreótipo a exposição à luz era exageradamente longa e a cada mês ou mesmo semana avanços nas pesquisas tornavam possíveis exposições cada vez mais curtas. Nos anúncios dos comerciantes da fotografia esse tempo de exposição (cada vez mais curto) figurava sempre em destaque. Assim se media o avanço da técnica, assim se dava sua valorização comercial. Hoje é o megapixel que mede o avanço tecnológico da fotografia e que faz os preços subirem.
Ao longo dos anos essa pesquisa foi sendo direcionada à solução dos problemas mais comuns na realização de fotografias visando a valorização comercial da ferramenta e a padronização da qualidade técnica das imagens.
Na verdade, quando o próprio Niepce decidiu buscar uma maneira de gerar uma nova matriz a partir de uma gravura impressa e orfã, ele também queria valorizar a sua ferramenta comercialmente.
Na época da invenção do daguerreótipo a exposição à luz era exageradamente longa e a cada mês ou mesmo semana avanços nas pesquisas tornavam possíveis exposições cada vez mais curtas. Nos anúncios dos comerciantes da fotografia esse tempo de exposição (cada vez mais curto) figurava sempre em destaque. Assim se media o avanço da técnica, assim se dava sua valorização comercial. Hoje é o megapixel que mede o avanço tecnológico da fotografia e que faz os preços subirem.
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