sexta-feira, janeiro 26, 2007

Eu vou clicar, mas não vou acender agora


Que tal um passeio até 1891, apenas três anos depois do lançamento da primeira Kodak, e ouvir o jingle (na época se chamava música, hoje virou mp3) vendendo a idéia da automatização da fotografia? "Você aperta o botão, nós fazemos o resto."
You Press the Button, We Do the Rest
by W. S. Mullaly ©1891

É fechar os olhos e imaginar as charretes na Broadway toda enlameada lá fora, olhando pela vitrine do Saloon.
George Eastman soube fazer a coisa parecer simples e transformá-la em popular, muito popular.
Qual será a diferença entre o apertar de botões de outrora e os "clique aqui" de hoje em dia?

sábado, janeiro 20, 2007

Cerol na linha do tempo

Em 1932, surgiu a Technicolor para os filmes, onde três negativos preto e branco eram gravados sob três filtros diferentes dentro da mesma câmera. O Grupo f/64 dedicado ao pensamento e produção de fotografia foi criado com Ansel Adams, Imogen Cunningham, Willard Van Dyke, Edward Weston, entre outros. Henri Cartier-Bresson comprou uma Leica e começou seus sessenta anos de carreira fotografando pessoas, Adolf Hitler resolveu concorrer a eleições para presidente e George Eastman escreveu sua nota de suicídio: "meu trabalho está feito. Por que esperar?".

(quase todas as informações foram retiradas daqui)

Simples Assim

De uma criança que vê uma imagem do Araki, inadvertidamente colocada como decoração pela faxineira cheia de manias: "uma bunda! Parece a da minha mãe..."

Em busca de um nome para um computador

Na rede do atelier, cada máquina Apple tem um nome. É uma coisa simples de configurar e que facilita a identificação do computador pelo usuário da rede. O mais recente, um G3 bege, é o Azsmann, em homenagem ao Francisco Azsmann, fotógrafo húngaro que passou a habitar a cidade do Rio de Janeiro após a Segunda Guerra Mundial. Azsmann se dedicou e muito a conseguir medalhas em salões de fotografia e se intitulava o expositor mais premiado do mundo fotográfico. No mundo dos fotoclubes isso era grande coisa. Deixando de lado todos os pressupostos do tempo em que Azsmann viveu e fotografou, seu trabalho era bem resolvido tecnicamente. Em 1961 ele publicou o livro "Fotomontagem e Arte" abrindo as portas para seu ambiente criativo e técnico. O livro trás detalhes e dicas que podem ser úteis para quem curte experimentar no laboratório fotográfico. É um livro raro.
Ao lado do Azsmann fica o Performa 6320 ou tambem o Moholy-Nagy. Ficam ligados por um cabo serial que possibilita uma rede Localtalk. Moholy-Nagy é creditado com a frase acerca dos iletrados do futuro não serem aqueles que não saberiam ler, mas sim aqueles que não soubessem fotografar. No entanto ainda não estou certo se foi ele ou Franz Roh, seu compadre. Seus textos estão justapostos no livro editado por Allan Trachtenberg: Classic Essays on Photography, imperdível. As fotomontagens e os fotogramas de Laszlo Moholy-Nagy ampliaram os horizontes de fotografia na primeira metade do século XX, até porque Moholy-Nagy também defendia que não é necessária uma câmara fotográfica para fotografar.
Mais ao lado fica De Barros, um G3 azul e branco. Geraldo de Barros nasceu no interior paulista. Organizou o laboratório fotográfico do MASP e ali dentro deu início aos trabalhos da exposição Fotoformas, muito lembrado pelas sobreposições de negativos de assuntos que contem transparências. Participou ativamente do movimento modernista no Brasil. Sua fotografia trouxe inovação e experimentação. Nos anos 90, o trabalho da exposição Fotoformas foi novamente exibido no MIS-SP. O catálogo dessa exposição também é um item raro nas prateleiras.
Sem endereço certo vive Man Ray um iBook branquinho. Emmanuel Radnitzky era norte-americano mas viveu boa parte de vida como imigrante em Paris. Explorou a solarização, o fotograma, a ampliação em negativo, enfim as várias subversões do meio fotográfico. Man Ray rebatizou seus fotogramas de Rayogramas, como rebatizou a si próprio de Man Ray. Modernista, dadaista ou surrealista, Man Ray também explorou diversas técnicas além da fotografia: pintura, cinema, escultura, colagem, assemblage. E fez lindas fotos de dois bonecos de madeira nas várias posições sugeridas pelo Kama Sutra.
Se me aparecer mais um computador, qual nome darei a ele?

sexta-feira, janeiro 19, 2007

O Eclipse, o inconsciente e o inconsistente


Nada como os livros complementando os dados da rede. Além dos Saldões Kfouri! A imagem está intitulada assim: Avant l'Eclipse, place de la Bastille, 17 de avril 1912. E a capa da revista assim: Les Dernièrs Conversions. La Révolution surréaliste, no. 7, 15 June 1926.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

O surgimento surreal de Eugène Atget


Estudando sobre Dada e Surrealismo encontrei isto:
"Foi, de fato, através da seleção judiciosa de Man Ray e a inserção dentro de uma contextualização surrealista o que permitiu que o trabalho de Eugène Atget pudesse ser "lido" como algo revelador do inesperado diante do ordinário. A imagem feita por Atget de um grupo de pessoas olhando para o céu ilustrou a capa de La Révolution Surréaliste no. 7 (15 de junho de 1926); sob a legenda de "les dernières conversions" (os últimos convertidos), disfarçando o fato de que estavam mesmo era observando um eclipse." (GALE, Mathew. Dada & Surrealism. p.235)

Tentei achar a imagem da revista ou mesmo a foto com as pessoas pois achei muito estranho ser uma foto do Atget, já que a maioria de suas fotos é de detalhes de portas, janelas, vitrines, quase nem mostra a rua, quanto mais um grupo de pessoas observando um eclipse. Detalhe: Atget insistiu que não colocassem o crédito na foto.

Rompem eclusas, duplicam buracos

Rompem eclusas, duplicam buracos, um temporal é a primeira explicação, aquela que omite culpados. Temporal é das causas mortis (é assim?) aquela que pesa no acaso. E também o que molha nossa casa ao deixarmos as janelas abertas num dia de sol. Embora haja "previsão do tempo" e sempre ocorra de dezembro à março.

sábado, janeiro 13, 2007

Post Inaugural

O Temporal chegou. Coincidência ou não choverá em toda a região Sudeste com grande intensidade hoje. Chico, Dani e Luish, espero que seja divertido. Grande abraço!