O trecho abaixo é reproduzido sem prévia autorização do autor, para dar um suspense:
"Qto à idéia do elevador...estive imaginando... E se, ao invés de simplesmente pôr a foto no mural, a gente pusesse uma poltrona, um abajur, uma mantinha...sei lá...algo do tipo...ENTRE E FIQUE À VONTADE!...um vaso de flor...revistas..sei lá...e fotografasse isso! As pessoas reagindo...não podia ser interessante?...No elevador ninguém faz nada mesmo, a não ser fritar olhando um pra cara do outro."
O detalhe é a expressão "E se, ao invés..." que demonstra toda a impotência da foto solitária contra o happening ou a performance que pode envolver ou não uma fotografia. A fotografia por si só é meio impotente, né? Mas dá uma alavanca!
Um comentário:
Nessa situação, a fotografia é impotente para causar emoções ou reações corporáis facilmente captadas por uma "câmera escondida". De certa forma, a apreciação de fotografias ocorre num espaço íntimo, interno ao observador e que exclui na maioria das vezes quem está ao lado. É difícil saber se alguém gostou de uma foto só de olhar o semblante da pessoa. Já, se estiver rindo diante de um filme, ou assustada, temos mais reações visíveis.
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